O maior dos gigantes
Do alto dos seus 212 centímetros, Roberto David impõe o respeito que o superlativo da alcunha - Robertão - deixa antever. Recém-chegado a Portugal, tem sido o abono de família do Sporting de Espinho, que hoje vai a Guimarães tentar vergar os campeões nacionais pela primeira vez este ano.
Só Bruce Brown, basquetebolista do Barreirense (2,13 m) se dobra mais nas ombreiras das portas, enquanto o andebol não tem ninguém com mais de 2,03 metros. Aliás, na Selecção Nacional que em 2007 foi ao Eurobasket, ninguém ficava perto das medidas do jogador espinhense. Élvis Évora, com 2,06 m, era quem mais se aproximava. E só um português chegou mais alto (Armando Mota, que jogou no Imortal nos anos 80, media 2,18 m). "Sempre fui acima da média", conta o melhor atacante e pontuador do campeonato.
À primeira vista, este gigante brasileiro, de 26 anos, parece deslocado. É que no pavilhão dos tigres, onde decorrem os treinos, não há tabelas, só a rede de voleibol, ali, quase à altura dos olhos. Entre os dois, a diferença é curta (31 cm). "Comecei por jogar basquetebol, até aos 15 anos. Até que um professor me levou aos treinos de voleibol. Gostei e fiquei", explica o brasileiro Araquara (S. Paulo), que hoje terá pela frente o central mais alto do voleibol português (Thiago Rey, de 2,04 m). E apesar de algumas conversas informais, nunca mais foi convidado para jogar basquetebol.


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